"DEVEMOS NOS TORNAR A MUDANÇA QUE DESEJAMOS VER NO MUNDO".(Mahatma Gandhi)

quarta-feira, 7 de março de 2012

Dia Internacional da Mulher: Um dia para refletir sobre a enfermeira no mercado de trabalho

          
"(...) o passado, presente e futuro são reconhecidos como elementos de construção da sociedade e consequentemente, como elementos importantes da formação dos indivíduos e grupos." (NUNES, 2003)
O dia 08 de março nos permite refletir porque historicamente as mulheres assumem papeis de submissão, com uma ideologia de que são responsáveis pelos afazeres domésticos. No caso da enfermeira assume  cuidados, organiza ambientes, entre outras tantas funções difíceis de serem listadas de tão longa que seria a lista. Tudo isto atrelado ao discurso: "quem ama cuida". Mas bem que a importante tarefa de preservar o bem estar da humanidade poderia ser reconhecido social e economicamente. As colegas de profissão, enfermeiras, provavelmente estão "fazendo um link" entre as razões do pouco reconhecimento profissional, sendo um setor ocupacional fortemente marcado pelas suas origens femininas. Essa ideologia ainda persistir  apesar das mudanças ocorridas nos papeis sexuais na sociedade com a mulher se destacando no mercado de trabalho. É preciso superar esta suposta submissão e entender esta profissão como um trabalho. A mulher vem conquistando espaços antes a ela negados, como a participação na política, contribuindo de maneira muito eficaz para o desenvolvimento de nossa sociedade. Assim também as profissões predominantemente femininas vem se diversificando e se reinventando a medida que supera as amaras do passado, com ações no sentido de construir um futuro com mais dignidade e respeito pela humanidade. Para isto, é preciso assumir os discursos de maneira que se reflitam na própria prática. Hoje presenciei a fala de representantes políticos exaltando a mulher o que parece contraditório é que estes mesmos políticos estão promovendo um concurso público no qual o salário da categoria de profissionais de saúde predominantemente feminino tem um dos salários mais baixos da região. Esta reflexão não tem o intuito  de uma crítica apenas mas um apelo para transformar esta realidade que confunde o que se faz por amor com uma profissão que exige remuneração condizente com seu desgaste físico e emocional. A referência ao passado da profissão se faz necessária não para reforçar aquela situação de submissão mas para repensar nossas atitudes no presente e construir um novo futuro; tendo em vista que estamos em constante transformação, assumindo novos valores.      

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