De acordo
com a Organização Mundial de Saúde (OMS) em todo mundo, 50% dos pacientes tomam
medicamentos de forma incorreta. No Brasil, o Ministério da Saúde vem buscando constantemente
estratégias para o uso racional de medicamentos.
Um
levantamento feito pelo Instituto de
Ciência Tecnologia e Qualidade (ICTQ), que entrevistou 1.480 pessoas de 12
capitais brasileiras afirmou que a automedicação é praticada por 76,4% dos
brasileiros. Entre os que adotam essa prática, 32% têm o hábito de aumentar as
doses de medicamentos prescritos por médicos com o objetivo de
"potencializar os efeitos terapêuticos", o que também é considerado
uma forma de automedicação.
Uma pesquisa sobre automedicação realizada na cidade de
Parelhas, RN entrevistou 15 pessoas entre homens e mulheres com idades entre 16
e 68 anos. Este estudo foi realizado por alunos do curso de atendente de
farmácia e operador de caixa; ministrado nesse município pela Faculdade de
Ensino Profissionalizante (FEP), de Uberlândia – MG, em parceria com a Escola
Estadual Monsenhor Amâncio Ramalho (EEMAR).
Como resultados desta pesquisa em nosso município, constatou-se
que todos os entrevistados já fizeram uso de medicamento através de
automedicação. Dentre os entrevistados; 46 % reutilizaram receitas antigas;
sendo 40 % de receitas próprias e 6 % prescrição de outra pessoa. Todos relataram
entender o que é automedicação, entretanto, 73 % afirmaram que a automedicação
pode trazer algum dano a saúde e 27 % acham que não.
100 % dos participantes da pesquisa afirmaram que já
fizeram uso de automedicação em caso de dor de cabeça, 93 % em caso de febre,
resfriado ou gripe; 80 % usaram em caso de inflamação de garganta e 13 % devido
dor de ouvido. Quando questionados sobre quais medicamentos utiliza com mais
frequência; 26 % responderam anti-inflamatório, 93 % analgésico, 6 %
antidepressivo.
Para concluir foi perguntado sobre a dependência de
automedicação; 20% responderam que sim e 80 % não se consideram dependentes
desta prática. No entanto, todos afirmaram repetir o mesmo medicamento no caso
dos mesmos sintomas, 80 % relataram procurar ter os medicamentos utilizados
sempre em casa; 20 % responderam que compram os mesmos medicamentos já
utilizados por acreditarem que tem conhecimento suficiente para se automedicar.
Segundo dados coletados existe uma
tendência para o consumo irregular de medicamentos apesar da Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (Anvisa) exigir a retenção da segunda via da receita de
algumas categorias de remédios.
Autores : Fátima do Rosário de Oliveira Lima 1;
Maria Rita de Lima2 Maria
Ailane de Souza2 Ilayne de Souza Oliveira2 Maria do
Socorro do Nascimento2 Allan
Eduardo dos Santos Medeiros2 Yasmim Esteffani Santos de Oliveira2
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